Disponível na Online Music Sales (International Horn Society)
Este método apresenta uma nova abordagem ao estudo das escalas, uma vez que, ao invés de as trabalhar da forma tradicional, com um aumento progressivo de sustenidos e bemóis. Apresenta como alternativa o trabalho em simultâneo de todas as escalas, habitualmente utilizadas na música ocidental (escalas maiores, menores naturais, harmónicas e melódicas), com o aumento progressivo do número de notas. Desta forma visa-se levar o aluno a criar relações, ainda que inconscientes entre as diferentes escalas. Ao dar primazia à prática e só depois à teoria pretende-se incutir no aluno o gosto pelas escalas, de uma forma mais simples e menos maçuda!
Nota Introdutória
A experiência pedagógica confirma-me que nenhum principiante gosta de estudar escalas, o que se deve ao facto de haver imensa teoria envolvida e, de inicialmente, os alunos não serem capazes de executar escalas correctamente. Geralmente começam a gostar de as estudar à medida que evoluem e, assim, se vão sentindo mais confiantes e capazes. No início da aprendizagem da trompa há uma grande incidência na utilização dos primeiros 2 dedos, observando-se nos alunos uma forte tendência para retrair o 3o dedo, por falta de utilização. O presente método de estudo de escalas nasceu dessa constatação, permitindo que os alunos aprendam gradualmente as diferentes notas, conquistando passo a passo a tessitura do instrumento. Uma vez que a música é uma disciplina imensamente prática é deixada de parte a teoria, nesta fase inicial, pois é minha convicção que numa fase posterior os alunos a possam assimilar mais facilmente. As escalas são apresentadas com uma nota de cada vez seguindo um ciclo de quintas, algo que permite estabelecer uma relação, mesmo que inconsciente, entre as diferentes escalas. As dedilhações de trompa encontram-se indicadas Si bemol (em cima) e de trompa Fá (em baixo precedidas de um "F"), apenas da primeira vez em que essa nota aparece, sendo tidas em consideração, diferentes oitavas e notas enarmónicas. As alterações, ao invés de serem indicadas junto à clave, são apresentadas de forma ocorrente em todas as notas e à medida que os exercícios avançam, apenas na primeira nota alterada de um compasso. Nos primeiros exercícios, que possuem saltos, poderá ser benéfico se o professor acompanhar os alunos quer na trompa ou num piano, para que estes se habituem à altura dos sons.Os Exercícios 1-15 foram escritos com o intuito de fomenter a aprendizagem gradual de cada uma das notas das escalas maiores. Quanto aos Exercícios 15-20, estes incluem todas as escalas maiores, menores e arpejos. Pelo que recomendo que este último grupo seja trabalhado por partes de forma a que os alunos memorizem cada pauta individualmente. Com o objetivo de motivar os alunos, incluí várias frases de encorajamento ao longo deste pequeno livro. Ainda nesse sentido são assinaladas as diferentes conquistas, alcançadas pelos alunos. No final do livro existe uma tabela com as diferentes dedilhações standard da trompa na tessitura mais habitual entre os principiantes. O início da aprendizagem da trompa nunca será uma tarefa fácil! Porém, como as escalas maiores e menores constituem a base da música tonal, espero com este pequeno método contribuir para que os primeiros passos na trompa sejam facilitados, possibilitando assim uma evolução consistente.
Crítica
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