Publicado em Setembro de 2017 na Brass Arts

Obra vencedora do 1º Prémio do Concurso de Composição do Twin Cities Horn Club (2017)

Foi estreada pelo Twin Cities Horn Club dia 10 de Setembro de 2017
em Woodbury - Peaceful Grove United Methodist Church, 7465 Steepleview Road, Woodbury MN

Esta peça foi composta para um ensemble de 12 trompas tendo em mente um espectro alargado de performers e pensada para ser tocada por alunos e amadores. Inclui também conteúdo musical e integridade para honrar a performance por trompistas profissionais. Trata-se, portanto, de um verdadeiro desafio composicional. Sendo trompista, pensei na trompa e em todas as possibilidades para a fazer soar bem com o mínimo esforço. À medida que se ouve esta peça, o resultado final parece difícil, mas cada parte foi pensada para ser o mais simples possível.
Foram usados dois tipos de orquestração, no início por exemplo o ensemble é tratado como um grande grupo incluindo efeitos espaciais direira-esquerda no cp.1 e esquerda-direita-esquerda nos cp.4-5. Se esta peça for apresentada em 12 trompistas, estes poderão adoptar o posicionamento de uma fila, na configuração habitual como demonstrado em baixo.

Para outras configurações mais alargadas que requeiram mais do que uma fila, por favor troquem as partes durante os primeiros 12 compassos para que se possa obter o efeito espacial desejado. Na restante peça, na maioria das vezes o grupo é tratado como 3 quartetos. 
A dificuldade do 1º quarteto (1-4) é moderada, o segundo (5-8) ligeiramente mais fácil e o último, ligeiramente (9-12) consideravelmente mais fácil. As trompas estão organizadas de acordo com a configuração tradicional, 1 e 3 trompas agudas e 2 e 4 trompas graves.
Nas partes mais agudas a primeira trompa tem que ser capaz de tocar um Sib agudo (dó opcional) e um lá agudo para a 3ª trompa. Nas partes graves, as trompas 4 e 8 têm que tocar o fá pedal. As outras partes apresentam tessituras mais reduzidas.
A peça começa com um solo introspetivo da 5ª trompa, transformado em duo na repetição, enquanto os restantes instrumentistas produzem efeitos espaciais.
Depois dos primeiros 2 minutos o carácter começa a mudar e pela letra B de ensaio transforma-se num tema heróico. Na letra E adquire um estilo funky com improvisações escritas nas trompas 1 e 2, respostas das trompas 3-8 e percussões nas trompas 9-12, mas a maioria das trompas  é contagiada e se junta também à percussão na letra G.
Esta pequena peça é um jogo de palavras que se pode ler como born to win, born twin, b horn twin ou mesmo b horn to win. Esta peça nasceu com o intuito de vencer o concurso de composição do Twin Cities Horn Club (que ainda se encontra a decorrer), sendo que o born pode também ser transformado em b horn, fazendo referência ao Si bemol alemão, uma vez que a maioria desta peça, especialmente as passagens mais difíceis foi pensada para ser tocada com dedilhações de trompa si bemol. Incluí várias sugestões de dedilhação para tornar facilitar as passagens mais difíceis.
Os efeitos de ar nas trompas 3, 6, 9 e 12 podem ser mais eficazes se os trompistas afastar o bocal dos lábios (cerca de 0,5 cm). Pelo contrário os efeitos de ar nas trompas 8 e 11 deverão ser tocados com todo o ar direcionado para dentro dos instrumentos.
É necessário surdinas nas trompas 2, 3 e 4.

Ricardo Matosinhos