Publicado em Novembro de 2023 pela AvA Musical Editions 

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 Obra incluída na Matosinhos Internacional Competition 2024.

Esta peça foi composta para Marco Peciarolo, o vencedor do #MatosinhosChallenge realizado em maio de 2020. Foi escrita para uma Tuba Wagneriana Tenor em Si♭, com uma adaptação opcional para uma trompa em Fá. Estes instrumentos possuem características distintas, tornando necessárias variações de oitava (ossias) para as notas na no registo inferior da trompa, que embora sejam possíveis de executar acarretam uma dificuldade extra quando comparadas com a sua execução numa tuba wagneriana. Além disso, algumas partes vocais que envolvem multifónicos são opcionais, dependendo da tessitura vocal do intérprete. Se certos elementos vocais não estiverem de acordo com a tessitura vocal do intérprete, podem ser ajustados ou omitidos.

Para manter a atmosfera blues ao longo da peça, o intérprete pode selecionar notas específicas para criar diferentes efeitos. Por exemplo, o sub-tone, uma técnica frequentemente usada no jazz, pode ser alcançado ao abrir ligeiramente a abertura dos lábios para produzir um som arejado, mantendo a altura de sons. Outras técnicas, como ataques de ar, acentuações resultantes da abertura abrupta da embocadura e falls, também podem ser utilizadas, com um constante foco na expressão musical.

No compasso 10, a intenção é ornamentar usando os sons graus conjuntos superiores, mantendo a mesma dedilhação sem se focar no som. Além disso, para garantir uma atuação fluente consistente com o estilo blues e evitar interrupções causadas pelo rápido movimento dos dedos, são fornecidas algumas sugestões de dedilhações. Por exemplo, no início da peça, Dó#-Ré pode ser tocado usando 2•3-3, e essa dedilhação também pode ser aplicada às notas Sol#-Lá. No entanto, algumas passagens requerem dedilhações específicas para efeitos de articulação, como evidenciado nos cp. 34-35 e 42.

É importante observar as diferentes posições das cabeças das notas, indicando onde a mão direita deve ser posicionada ao tocar esta peça numa Tuba Wagneriana, especialmente durante os efeitos percussivos. No caso da trompa, uma vez que o bocal está distante da extremidade da campânula, os intérpretes devem usar qualquer tubo do instrumento para produzir o efeito rítmico. Alternativamente, podem ser usados estalidos dos dedos ou outros métodos. O principal objetivo é envolver e contagiar os ouvintes, incentivando-os a acompanhar. No cp. 45, para os trompistas, é mais eficaz realizar o efeito no interior da campânula da trompa.

No final da peça, inclui-se uma citação de R. Strauss com uma sensação de blues, seguida por uma improvisação a ser cantada em qualquer oitava, utilizando as notas da escala de blues em Fá.

Divirta-se!